Cidade
Após divulgar morte de agente, polícia volta atrás e diz que médico pediu novos exames
Vítima de um acidente que matou outros dois policiais, o agente Yago segue internado no HGE; um falso médico foi preso na unidade enquanto buscava informações sobre o estado de saúde do policial
Foto: Reprodução/TV Bahia
A Polícia Civil voltou atrás e, por meio de nota, informou que o investigador Yago da França Souza Avelar não está morto - como chegaram a divulgar no último sábado (5). Nesta terça-feira, a polícia afirmou que um dos médicos da equipe que atende o agente solicitou novos exames antes de atestar a morte cerebral. Yago é uma das vítimas do acidente que matou dois policiais, na BA-233.
Assim como as outras duas vítimas, França é lotado na 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Seabra). A viatura onde os policiais estavam teve o eixo traseiro e a roda dianteira arrancada com o impacto da colisão. O veículo seguia de Ipirá para Salvador quando capotou. Os agentes transportavam quatro presos para a sede do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter).
Prisão no hospital
Nesta terça-feira (9), a Polícia Civil informou que um falso médico foi preso no HGE enquanto tentava ter acesso às informações sobre o estado de saúde do agente Yago. De acordo com a polícia, o homem estava vestido de jaleco e usava um estetoscópio. Dessa forma, ele teve acesso à UTI onde o policial está internado e passou a fornecer informações a familiares sobre o quadro de saúde do investigador.
O falso médico também divulgou áudios dando informações falsas sobre o estado de saúde do policial. Uma familiar do policial, que é médica, desconfiou de algumas declarações do falsário, e policiais civis de Seabra, que estavam no hospital, abordaram o homem.
"Ele portava apenas uma cédula de identidade da Argentina e não apresentou nenhum tipo de documento que o habilitasse para o exercício da medicina. O falso médico foi apresentado na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris), onde foi autuado em flagrante por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. A Delegacia instaurou inquérito e vai apurar também o acesso ao HGE", conclui a PC.
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