Cidade
Faculdade tenta acordo, mas professores temem 'proposta vazia' e querem manter greve
Sugestão é de que 70% da receita da instituição seja destinada ao pagamento dos salários a partir de agora, caso docentes retornem às salas de aulas
Foto: Divulgação Faculdade 2 de Julho
Completando nesta terça-feira (30) uma semana de greve, os professores da Faculdade 2 de Julho foram comunicados pelo Sindicato dos Professores das Instituições Particulares (Sinpro-BA) sobre a proposta de acordo feita nesta segunda (29) pelo Comitê de Gestão de Crise da Fundação 2 de Julho, que administra a instituição.
De acordo com o coordenador do Sinpro-Ba, Allysson Mustafa, a sugestão da fundação consiste basicamente no encerramento da greve dos docentes mediante a promessa de que, a partir de agora, 70% da receita da instituição seja destinada ao pagamento dos salários dos professores. O Comitê da fundação ainda ficou de oficializar a proposta, por escrito, de forma detalhada.
Após se reunir com os professores, Mustafa afirmou que "a análise preliminar é muito negativa". Segundo ele, "os docentes entenderam a proposta como vazia, sem elementos concretos", pois ela ainda é acompanhada de incertezas sobre como e quando o pagamento será realizado, já que depende da entrada de dinheiro na faculdade.
O sincato fará uma nova assembleia junto com os professores da instituição após o recebimento da proposta oficial para decidir se mantém as paralisações ou retornam às atividades. Até então, os docentes, que reclamam de mais de seis meses de salários atrasados, além do não recebimento das férias, 13º salários, contribuições previdenciárias e FGTS, estão inclinados a permanecer em greve.
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