Cidade
Após greve da Faculdade 2 de Julho, professores do colégio também denunciam falta de pagamento
Professor de português diz que salário do mês de junho ainda não foi quitado
Foto: Divulgação Colégio 2 de Julho
Depois dos professores da Faculdade 2 de Julho declararem greve por falta de salário, os professores do colégio, que leva o mesmo nome, também se manifestaram contra a falta de pagamentos. Danilo Passos, professor de língua portuguesa e redação, conta que se demitiu em julho deste ano e, até hoje, não recebeu o pagamento equivalente ao mês de junho, além dos seus direitos trabalhistas.
"O salário de junho, eles estão pagando aos poucos. Mas até hoje eu não recebi o final", relata o professor. Quanto aos direitos trabalhistas a situação é ainda mais grave. Parece que o valor que era descontado do salário de Passos referente ao INSS não estava sendo repassado para a Previdência Social. "E o FGTS também, eles não abriram", afirma.
Passos diz ainda que não procurou a Justiça por ter passado pouco tempo na instituição e não ter um valor alto para receber. Mas alguns de seus colegas, segundo ele, estão passando por dificuldade sem o recebimento de salário.
Em nota divulgada na última quinta-feira (25), a Fundação 2 de Julho assumiu estar passando por uma situação delicada. "Somos uma fundação, sem fins lucrativos, com dívidas históricas. Reconhecemos a importância dos nossos professores, que foram e são fundamentais na manutenção e no propósito dessa casa", diz trecho. Em seguida, a Fundação 2 de Julho afirma querer "honrar" os passivos e ativos em aberto.
Quanto aos atrasos, o diretor Marcos Baruch não negou que a fundação está devendo. "De fato, tem alguns professores que estão com o INSS e FGTS em atraso. A instituição teve dificuldade de recolhimento. Mas esses débitos estão em estado avançado de negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional", afirmou.
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