Cidade
Com texto em espanhol, Unesco se pronuncia sobre venda do Arquivo Público da Bahia
Organização reforçou papel do poder público na manutenção do patrimônio do estado
Foto: Carla Ornelas/GOVBA
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) se pronunciou, nesta quarta-feira (17), sobre a venda do prédio que abriga o Arquivo Público da Bahia, em Salvador. O texto em espanhol assinado pela diretora do Programa da organização Memória do Mundo (MoW) na América Latina, Sandra Moresco, demonstrou preocupação com a situação dos “10 km de documentos” presentes no acervo baiano.
A organização afirmou que “tem o dever de chamar a atenção sobre a grave situação que enfrenta o Arquivo Público do Estado da Bahia”. Ela alertou que “a preservação do patrimônio documental e de seu acesso público, dever de todos para com todos, requer uma edificação em condições seguras”, entre outras coisas. “Sem essas condições, a Memória do Mundo é irremediavelmente destruída”, completou.
Após a repercussão negativa, o leilão do Apeb, na Baixa de Quintas, foi suspenso em decisão judicial. A medida também determinou que a Fundação Pedro Calmon, gestora da Apeb, apresente um plano de salvaguarda e remoção do acervo em um prazo de 60 dias. O leilão tinha como objetivo quitar dívidas da empresa de turismo Bahiatursa, liquidada em 2014.
Ciente, a Unesco reforçou o papel do poder público na manutenção do patrimônio da Bahia. “Esperamos que as autoridades correspondentes abordem com urgência esta situação, dando-lhe a melhor solução ao perigo iminente, garantindo um arquivo forte, com condições reais para enfrentar o desafio de preservar e dar acesso a tão importantes acervos”, finalizou.
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