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Funcionários do Cras, em Salvador, relatam ataques, insegurança e assaltos dentro das unidades de trabalho

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Funcionários do Cras, em Salvador, relatam ataques, insegurança e assaltos dentro das unidades de trabalho

Na última terça-feira (5), em uma unidade, um dos assistidos ameaçou os funcionários pedindo dinheiro

Funcionários do Cras, em Salvador, relatam ataques, insegurança e assaltos dentro das unidades de trabalho

Foto: Reprodução

Por: Geovana Oliveira no dia 07 de outubro de 2021 às 09:39

Funcionários que prestam serviço ao Cras (Centros de Referência da Assistência Social), vinculados à prefeitura de Salvador, têm relatado insegurança dentro dos próprios postos de trabalho. Na última terça-feira (5), em uma unidade, um dos assistidos ameaçou os funcionários pedindo dinheiro. 

Nas conversas obtidas pelo Metro1, no grupo de WhatsApp dos funcionários do Cras, eles relatam que um usuário ameaçou o grupo para conseguir R$ 28 para voltar para Feira. E o caso não é isolado. Funcionários denunciam uma série de episódios de violência em diversas unidades, que ficam, por regra, em bairros de maior vulnerabilidade social da capital baiana.

No dia 7 de setembro, o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) do bairro Dois de Julho, no Centro, foi arrombado por um homem que furtou um botijão de gás. No dia 24, os funcionários do CRAS do Parque São Bartolomeu tiveram pertences roubados após a invasão de um homem armado.

Uma técnica do CRAS, que preferiu não se identificar, relata a sensação de insegurança. “Todos os equipamentos trabalham com vulnerabilidade social e trabalham em áreas de vulnerabilidade social. Tem que ter inserção na comunidade de forma que não assuste, não ache que vai delatar… Geralmente a comunidade respeita, mas a crise do jeito que está agrava ainda mais, e a gente está sujeito a todo tipo de situações. Não tem nenhum tipo de segurança, agente de portaria, guarda municipal”, desabafa.

Segundo a funcionária, a maioria das equipes é feminina, o que torna a unidade ainda mais vulnerável a ataques. “O CRAS já teve situações emergenciais de ‘fecha tudo e sai correndo’ porque as facções estão brigando. A gente está trabalhando com assistência, então tem que ter segurança”, afirma. 

Alguns funcionários chegaram a relatar os acontecimentos à Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), responsável pelo CRAS em Salvador, mas as respostas são evasivas. 

“Estamos muito expostos, foram acontecimentos recentes, de um mês e meio, e muitas vezes a resposta que a gente tem é que não fizemos direito a um pacto com a comunidade. A gente sabe que não é isso”, diz a técnica.  

Questionada pelo Metro1, a Secretaria afirmou que iria apurar a situação e não enviou resposta até a publicação da matéria.