Brasil
Brasil cai para último lugar no ranking de status do professor
Menos de 1 em cada dez brasileiros acha que professor é respeitado em sala de aula
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Brasil caiu para a última posição do ranking de prestígio de docentes, segundo pesquisa realizada em 35 países e divulgada ontem (7) pela Varkey Foundation, entidade dedicada à melhoria da educação mundial. O baixo salário, quantidade de trabalho, falta de respeito dos alunos e um dos piores sistemas educacionais do mundo são alguns motivos que colaboram para esse resultado.
Na última edição da pesquisa, em 2013, o país ocupava a penúltima posição dentre os 21 pesquisados. A avaliação de 2018 foi realizada em 35 países e foram entrevistadas mil pessoas entre 16 e 64 anos.
Menos de 1 em cada 10 brasileiros (9%) acha que os alunos respeitam seus professores em sala de aula. A China é o país com a melhor avaliação: 81% das pessoas acreditam que os docentes são respeitados pelos alunos.
A pesquisa também mostra que há pouca compreensão do trabalho e da remuneração dos professores. Enquanto os entrevistados acreditam que os docentes trabalham, em média, 39,2 horas por semana, os profissionais relatam 47,7 horas dedicadas semanalmente ao ofício de ensinar – quase 20% a mais. Os professores têm salário médio inicial de US$ 13 mil, em média, e os brasileiros defendem que um docente em início de carreira deva ganhar o equivalente a US$ 20 mil por ano – um aumento de US$ 7 mil.
O levantamento mostra ainda que 88% dos brasileiros consideram a profissão de professor como sendo de “baixo status” – o segundo pior lugar do ranking mundial, perdendo apenas para Israel, onde 90% dos cidadãos pensam da mesma forma.
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