Brasil
Universidades são alvo de ações por suposta propaganda eleitoral
Além do impedimento de atos pró-Haddad, aulas e manifestações antifascistas são barradas sob a alegação de "propaganda negativa contra Jair Bolsonaro (PSL)"
Foto: Reprodução / Facebook
Ações realizadas para a fiscalização de suposta propaganda eleitoral em universidades públicas de todo o país têm provocado reações da comunidade acadêmica e da sociedade civil.
Ontem (25), pelo menos duas universidades – a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), campus de Serrinha, no nordeste baiano – foram alvo de ações da Justiça Eleitoral ou do Ministério Público Eleitoral por suposta propaganda eleitoral irregular a favor do presidenciável petista Fernando Haddad (PT).
Ao longo da semana, outras ações geraram polêmica. No Rio de Janeiro, a Justiça ordenou que a Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) retirasse da fachada uma bandeira com a inscrição "Direito UFF Antifascista". A alegação é que a faixa teria "conteúdo de propaganda eleitoral negativa contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL)".
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), policiais militares realizaram ações para remover uma faixa onde se lê "Direito Uerj Antifascismo" e outra em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março. Como não havia mandado, as bandeiras não foram retiradas.
Já na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um evento denominado "Contra o Fascismo. Pela Democracia" foi barrado pela Justiça Eleitoral sob a alegação de que seria ato eleitoral dentro de uma instituição federal.
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