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"O ovo da serpente mora lá", diz Eliana Calmon sobre Legislativo Federal

Durante entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (4), a ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, falou sobre a corrupção. [Leia mais...]

"O ovo da serpente mora lá", diz Eliana Calmon sobre Legislativo Federal

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Por: Gabriel Nascimento e Matheus Morais no dia 04 de outubro de 2017 às 09:34

Atualizado: no dia 04 de outubro de 2017 às 11:06

Durante entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (4), a ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, falou sobre a corrupção. A jurista, que já havia comentado a necessidade de investigar responsáveis por operações, disse que "o ovo da serpente mora no Poder Legislativo Federal". "Eu sempre fico com um pouco de desconfiança porque, para chegar aos corruptos, não é de uma hora para outra. Desde 2000, eu participo dessas ʹoperações de limpezaʹ. A origem estava dentro do Legislativo Federal. Isso, desde o ano 2000, estava muito mapeado pela Polícia Federal. O ovo da serpente mora lá. Não adianta pegar os empresarios ou servidores se não se passar pelo ovo da serpente, se tirar o ovo da serpente. O difícil é isso", ressaltou. 

"Nós temos exemplos históricos, porque no processo ʹMãos Limpasʹ foi assim, a Justiça italiana não foi capaz de enfrentar os problemas com os políticos italianos. Então eu como expectadora política, como eleitora, eu vivia com o fantasma que existiu na Itália. Tudo indica que nós estamos repetindo a história, porque a fragilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) será suficiente para nós podarmos um pouco a limpeza que estávamos fazendo. mostra isso", acrescentou.

A ex-ministra disse ainda esperar a resposta nas eleições. "Mesmo que não tenhamos a finalização que esperamos, as coisas mudarão um pouco. O povo vai dar sua resposta nas eleições de 2018. O povo está mais consciente da sua atuação política. Mas não haverá uma limpeza por inteiro", concluiu.

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