Brasil
Nordeste assume ranking brasileiro de mortes LGBT; Brasil é lider mundial
A ONG Transgender Europe, divulgou nesta quinta-feira (29) que o Brasil é o líder mundial de assassinatos de pessoas transexuais em 2016. Diante disto, o Grupo Gay da Bahia (GGB), através do Relatório de Assassinatos LGBT no Brasil, declarou que o número de assassinatos de pessoas LGBTs em 2016 vai sofrer aumento em comparação ao ano anterior, sendo o nordeste a região com mais casos registrados. [Leia mais...]
Foto: Divulgação
A ONG Transgender Europe, divulgou nesta quinta-feira (29) que o Brasil é o líder mundial de assassinatos de pessoas transexuais em 2016. Das 295 mortes de transexuais registradas até setembro deste ano em 33 países, 123 ocorreram no Brasil. Diante disto, o Grupo Gay da Bahia (GGB), através do Relatório de Assassinatos LGBT no Brasil, declarou que o número de assassinatos de pessoas LGBTs em 2016 vai sofrer aumento em comparação ao ano anterior, passando de 318 para, aproximadamente, 340 mortos, sendo o nordeste a região com mais casos registrados.
O antropólogo e fundador do GGB, Luiz Mott, declarou que monitora esses dados há 36 anos e nunca havia visto números tão altos. De acordo com ele, "hoje, tem mais homossexuais e trans saindo do armário por causa das paradas gays e outras campanhas, o que os deixa mais expostos a situações de violência, ocasionando no aumento generalizado de crimes”.
No Brasil, o Nordeste lidera o ranking dos casos de mortes LGBT nos último anos, apesar de outras regiões estarem despontando com casos graves, a exemplo do estado do Amazonas, que registrou 29 mortes. “Atribuo isso ao conservadorismo e à falta de informação. Proporcionalmente, o dado é chocante, embora São Paulo sempre registre o maior número absoluto”, disse Mott.
O estudo detectou que, no Brasil, a maior parte das mortes (195) ocorreu em via pública, por tiros (92), facadas (82), asfixia (40) e espancamento (25), entre outras causas violentas. O assassinato de gays lidera a lista com 162 casos, seguido dos travestis (80), transexuais femininas (50) e transexuais masculinas (13). Esse levantamento é reconhecido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos.
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