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"Corro o risco de não conseguir sair", diz escritor sobre vinda a Salvador

Um dos escritores mais lidos em Portugal, Valter Hugo Mãe, falou à Rádio Metrópole na noite de quarta-feira (31) sobre sua expectativa de conhecer Salvador. Ele estará presente no palco do Teatro Castro Alves (TCA) no próximo dia 5 deste mês, no projeto "Fronteiras Braskem do Pensamento". [Leia mais...]

"Corro o risco de não conseguir sair", diz escritor sobre vinda a Salvador

Foto: Divulgação

Por: Matheus Morais no dia 01 de setembro de 2016 às 12:41

Um dos escritores mais lidos em Portugal, Valter Hugo Mãe, falou à Rádio Metrópole na noite de quarta-feira (31) sobre sua expectativa de conhecer Salvador. Ele estará presente no palco do Teatro Castro Alves (TCA) no próximo dia 5 deste mês, no projeto "Fronteiras Braskem do Pensamento". Na oportunidade, o angolano, criado em Portugal,  vai palestrar sobre o que pensa a respeito da felicidade, tema recorrente nos seus livros.

"Eu vim ao Brasil algumas vezes, conheci algumas grandes capitais. Salvador é uma das que falta, toda gente me fala de Salvador com um encanto tão grande, que julgo até que corro o risco de não conseguir sair", disse. 

Em conversa com Mário Kertész, Valter Hugo também comentou sobre a admiração que tem pela obra do escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. Saramago chegou a afirmar que "ler [Valter Hugo Mãe] era como assistir a um novo parto da Língua Portuguesa". "Quando o Saramago proferiu esse discurso, eu fiquei muito impactado. Eu fiquei muito honrado, mais ainda porque o Saramago sempre foi uma pessoa que eu admirei. O importante com o Saramago era estar de boa fé, era ser um interlocutor de boa fé. Ele era muito de boa fé, um indivíduo transparente, honesto, de convicções expostas. Era um indivíduo que participava da sociedade com muita honradez. alguém que eu admirava muito, passou a admirar meu trabalho", destacou o escritor. 

Hugo Mãe contou que antes mesmo de conhecer os gêneros literários, já escrevia alguns versos, sem saber que eles poderiam formar poemas. "Eu escrevia muitas coisas, anotava, inventava frases, ficava brincando com as palavras, com o tempo eu já estava escrevendo livros inteiros, nas férias da escola, nos finais de semana. Foi com uma namoradinha, aos 16, 17 anos, que eu entendi que a literatura poderia ser um foco fundamental da minha vida no sentido de deixar de ser uma necessidade secreta, para passar a ser uma coisa pública", destacou. 

Ouça a entrevista completa abaixo: