
Brasil
Brasil enfrenta onda de golpes virtuais; jovens são boa parte das vítimas
Projetos em análise tratam de extorsão online, sequestro de dados e uso de IA em fraudes

Foto: FreePik
Apesar da percepção comum, idosos não são os principais alvos de golpes digitais. Segundo levantamento do DataSenado, jovens entre 16 e 29 anos concentram 27% dos casos, enquanto a faixa acima de 60 anos representa 16%. As fraudes variam por perfil: usuários mais velhos caem em ataques de engenharia social, como falsas centrais bancárias; os mais jovens são alvos de ofertas enganosas de emprego e ganhos fáceis.
Diante da escalada dos crimes cibernéticos, o Senado criou a Frente Parlamentar de Defesa Cibernética, presidida por Espiridião Amin (PP-SC). A proposta é desenvolver estratégias públicas, parcerias com o setor privado e protocolos de resposta a incidentes. Estima-se que mais de 40 milhões de brasileiros já tenham sofrido prejuízo financeiro com ataques virtuais.
A Comissão de Comunicação e Direito Digital analisa proposições como o PL 1.049/2022, que tipifica extorsão digital, e o PL 879/2022, que trata de sequestro de dados. Projetos como o PL 3.085/2024 agravam penas para crimes com uso de IA ou servidores no exterior, visando reduzir o impacto desses ataques.
Especialistas alertam para a necessidade de atenção redobrada. Golpistas exploram momentos de fragilidade, como dívidas, para clonar boletos e interceptar dados. A multitarefa e o uso descuidado de e-mails e apps aumentam o risco de exposição. Educação digital é considerada essencial na prevenção.
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