Brasil
Fraldas terão mais imposto que armas, líder do governo lamenta
Regulamentação da reforma tributária exclui as armas e munições do chamado "imposto do pecado", medida que visa aumentar a taxação de itens prejudiciais à saúde
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/poli
O Senado aprovou na quinta-feira (12) a regulamentação da Reforma Tributária, que altera a tributação de diversos produtos. Um dos pontos mais debatidos foi a exclusão das armas e munições do chamado "imposto do pecado", uma medida que visa aumentar a taxação de itens prejudiciais à saúde. Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), essa mudança fará com que a tributação de armas caia de 89,25% para 25,5%, enquanto produtos como flores e fraldas terão impostos de cerca de 30%.
“Não incluir as armas no imposto seletivo significa que a atual tributação de armas, que é de 89,25%, vai recair para 25,5%. No Brasil, nós vamos pagar mais impostos por flores do que por armas. Nós vamos pagar imposto mais alto por fraldas do que por armas. Vamos pagar imposto mais alto por brinquedos do que por armas”, disse Randolfe Rodrigues.
Ele mencionou que o governo tentará reverter essa mudança na Câmara dos Deputados antes que o texto seja enviado para sanção presidencial. A retirada das armas do imposto seletivo foi uma vitória da oposição, liderada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na Comissão de Constituição e Justiça.
Durante a discussão, o senador Dr. Hiran (PP-RR) se opôs à argumentação de Randolfe, defendendo que o foco não deveria ser o preço de produtos como fraldas ou flores, mas sim a defesa do patrimônio e da família. O voto do PP seguiu a orientação de Flávio Bolsonaro, contrária à inclusão das armas no "imposto do pecado". O debate sobre a taxação das armas ainda deve continuar na Câmara dos Deputados.
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