Brasil
Mineradoras pedem ao STF homologação de acordo pela tragédia de Mariana
Análise será feita pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
As mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a homologação imediata do acordo de repactuação referente à tragédia de Mariana.
O termo, firmado em 25 de outubro, envolve as empresas, o governo federal, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além de representantes das comunidades afetadas. O acordo prevê um valor total de R$ 170 bilhões para reparações, projetos e intervenções na bacia do Rio Doce. Desse montante, R$ 38 bilhões já foram aplicados, e o restante será liberado ao longo dos próximos anos.
Na semana anterior, um grupo de advogados solicitou que a homologação fosse suspensa até que representantes de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais da bacia do Rio Doce fossem consultados. Em resposta, as mineradoras argumentaram que o processo já incluiu audiências com a Funai, o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério de Igualdade Racial e a Fundação Cultural Palmares.
As empresas defendem que esses grupos tradicionais participaram das negociações, destacando que o acordo foi construído para assegurar a "participação efetiva" dessas comunidades. "Os pleitos das comunidades foram considerados nas negociações para a repactuação pelas instituições de Justiça e demais órgãos do poder público", afirmam as mineradoras.
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