Brasil
CBR consegue liminar contra médica que divulgou fake news sobre câncer de mama
A liminar prevê a remoção do vídeo do ar e de anúncios de tratamento para doenças que não tenham evidência científica das redes sociais da médica
Foto: Anna Tarazevich/Pexels
O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), entidade nacional filiada à Associação Médica Brasileira (AMB), obteve uma liminar em ação civil pública movida contra uma médica que divulgou informações falsas sobre o câncer de mama. A decisão foi concedida nesta sexta-feira (1º) pela 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém (PA).
A liminar prevê a remoção do vídeo do ar e de anúncios de tratamento para doenças que não tenham evidência científica das redes sociais da médica. A mulher ainda está proibida de anunciar que o exame da mamografia é prejudicial à saúde.
A liminar diz que foi comprovado o perigo de dano cometido pela médica: “Ao promover descredibilização dos métodos científicos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama, bem como na indevida divulgação de método de tratamento, desenvolvido por profissional não médico, sem qualquer comprovação científica e, principalmente, no imenso e irresponsável risco à saúde da população, o qual, em concreto, pode ser irreversível”.
Sobre o caso:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) está investigando o caso dos médicos denunciados por entidades da classe a Conselhos Regionais de Medicina por declarações sobre câncer de mama consideradas falsas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Uma médica publicou um vídeo no seu Instagram, onde afirmar que o câncer de mama não existe e sugere um suposto tratamento com hormônios. “Esqueça Outubro Rosa. Câncer de nama não existe. Sou a doutora Lana Almeida, médica integrativa, especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. Por isso venho falar para vocês que câncer de mama não existe. Então esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia”, disse.
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