Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Brasil

/

STF proíbe uso de recursos públicos para eventos que celebrem a ditadura militar

Brasil

STF proíbe uso de recursos públicos para eventos que celebrem a ditadura militar

A ação foi movida pela deputada Natália Bonavides (PT), que buscava manter uma decisão anterior que impediu o governo de Jair Bolsonaro (PL) de comemorar o golpe militar nas Forças Armadas

STF proíbe uso de recursos públicos para eventos que celebrem a ditadura militar

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 30 de setembro de 2024 às 08:33

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que recursos públicos não podem ser usados para promover eventos relacionados à ditadura militar (1964-1985). A ação foi movida pela deputada Natália Bonavides (PT), que buscava manter uma decisão anterior que impediu o governo de Jair Bolsonaro (PL) de comemorar o golpe militar nas Forças Armadas. A decisão foi publicada na sexta-feira (27).

Em 2020, o Ministério da Defesa divulgou a “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964” para celebrar os 56 anos do golpe que depôs João Goulart. No entanto, a Justiça de primeira instância ordenou a retirada da mensagem do site da Defesa e proibiu a promoção do golpe em qualquer meio de comunicação.

No entanto, a decisão foi anulada em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que afirmou que o texto refletia a visão dos comandantes das Forças Armadas e que a Constituição não proíbe diferentes interpretações de fatos históricos.

O STF, por 8 a 3, concordou com o ministro Gilmar Mendes, afirmando que a Constituição não permite o enaltecimento de golpes militares. A celebração do golpe é considerada um ato lesivo ao patrimônio imaterial da União, estabelecendo um precedente para casos semelhantes. O STF decidiu que o uso de recursos públicos para promover comemorações alusivas ao golpe de 1964 viola a Constituição.