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Além de atores se passando por médicos, fabricantes pagam por depoimentos fakes para induzir compra de medicamentos

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Além de atores se passando por médicos, fabricantes pagam por depoimentos fakes para induzir compra de medicamentos

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) ao Ministério Público e à Polícia Civil o uso de atores que se passam por médicos para vender produtos e medicamentos na internet

Além de atores se passando por médicos, fabricantes pagam por depoimentos fakes para induzir compra de medicamentos

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 29 de julho de 2024 às 16:01

Atualizado: no dia 29 de julho de 2024 às 18:00

A estratégia de utilizar atores se passando por médicos em entrevistas fakes na internet para induzir a compra de produtos supostamente milagrosos foi desmascarada há alguns dias e segue sendo investigada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que denunciou o caso ao Ministério Público e à Polícia Civil. Agora, uma nova estratégia foi descoberta: os fabricantes pagam também para que pessoas deixem depoimentos fakes nas páginas de vendas dos medicamentos e suplementos. 

Há, inclusive, casos em que o paciente fake cita a falsa médica interpretada pela atriz Fernanda Padilha. Ela foi uma das atrizes que se passou por médica, farmacêutica, cientista e até apresentadora nesses programas que simulam entrevistas com supostos profissionais para induzir a compra de produtos que, muitas vezes, sequer têm aprovação da Anvisa. 

“Depois de 6 dias de uso eu já vi os resultados. Eu tirei os colírios, a minha dor de cabeça passou. Então, assim, muito obrigado doutora Roberta, de coração”, dizia um falso depoimento citando “doutora Roberta”, uma falsa médica interpretada por Fernanda. Há paciente fictício que já ofereceu depoimento na internet por R$ 25. Eles oferecem o “serviço” “prova social”, propagandas ou depoimentos para fazer com que "o produto venda muito".

O caso de atores que se passam por médicos nos vídeos roteirizados para parecer entrevistas verdadeiras foi abordado na edição mais recente do Jornal Metropole, que mostrou que esses profissionais utilizavam nomes, especializações e até número de registro no conselho de médicos reais, sem que estes soubessem. A maioria dos vídeos não informava ao telespectador que se tratava de uma encenação. O ato pode ser considerado um crime hediondo.