Brasil
População de Maceió afetada pelo desastre da Braskem recorre à justiça na sede europeia da empresa
A atividade mineradora da empresa, na extração de sal-gema, causou movimentos telúricos na cidade
Foto: Divulgação/Braskem-Alagoas
Os tremores provocados pela atividade mineradora da empresa Braskem, em Maceió, recaíram sobre várias famílias da região. Nesta quinta-feira (15), a população que foi diretamente afetada pelo desastre recorreram a um tribunal de Rotterdam, nos Países Baixos, para exigir justiça e indenização.
Dezenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas após os surgimento de rachaduras em ruas e edifícios, causadas pelos tremores que atingiram a capital de Alagoas em 2018.
Alex Da Silva, um líder comunitário relatou a vivência a Agence France-Presse (AFP), uma agência de notícias internacional. "O que estamos vivendo é um inferno [..] Aqueles que permanecem na nossa comunidade continuam sofrendo com subsidências [de terras] e tremores [de solos]. Hoje esperamos que a justiça seja finalmente feita", disse ele.
Os tremores na cidade foram atribuídos à extração de sal-gema pela gigante petroquímica Braskem, cuja sede europeia fica na cidade holandesa de Rotterdam. A empresa afirma ter oferecido indenizações financeiras e apoio psicológico aos afetados, além de ajuda para que se mudem de casa.
A empresa alega que pagou 3,93 bilhões de reais em indenizações e ajudas financeiras a mais de 18 mil pessoas.
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