Brasil
Supremo Tribunal Federal discute ensino religioso em escolas públicas
O Supremo Tribunal Federal (STF) discutiu na manhã desta segunda-feira (15) o ensino religioso em escolas públicas. Em audiência pública convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) [Leia mais...]
Foto: Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) discutiu na manhã desta segunda-feira (15) o ensino religioso em escolas públicas. Em audiência pública convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), 31 entidades foram habilitadas para participar das exposições e cada uma teve 15 minutos para expor seus argumentos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a Corte reconheça que o ensino religioso é de natureza não confessional, com a proibição de admissão de professores que atuem como “representantes de confissões religiosas”. “A interpretação constitucional envolve certa capacidade de o juiz interpretar o sentimento social, as demandas da sociedade. Portanto, o que eu espero na audiência em que se discute o ensino religioso nas escolas públicas é saber como pensam os representantes das religiões, os representantes de órgãos de educação, intelectuais e pensadores de questões teológicas”, disse Barroso na última semana.
A ação da PGR foi proposta em 2010 pela então vice-procuradora Débora Duprat. Segundo Duprat, o ensino religioso só pode ser oferecido se o conteúdo programático da disciplina consistir na exposição “das doutrinas, práticas, histórias e dimensão social das diferentes religiões”, sem que o professor tome partido. Ainda segundo a vice-procuradora, o ensino religioso no país aponta para a adoção do “ensino da religião católica” e de outros credos, fato que afronta o princípio constitucional da laicidade.
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