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Morte de João Alberto completa três meses: 'Aquela noite não trouxe nada de bom', diz viúva

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Morte de João Alberto completa três meses: 'Aquela noite não trouxe nada de bom', diz viúva

Advogados dos seis réus preparam as defesas, enquanto viúva tenta acordo extrajudicial com o Carrefour

Morte de João Alberto completa três meses: 'Aquela noite não trouxe nada de bom', diz viúva

Foto: Arquivo pessoal

Por: Juliana Rodrigues no dia 19 de fevereiro de 2021 às 09:02

Três meses após a morte de João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro espancado no estacionamento do supermercado Carrefour, em Porto Alegre (RS), o processo segue inconcluso. O caso, ocorrido em 19 de novembro de 2020, véspera do Dia da Consciência Negra, reabriu discussões sobre racismo e violência em todo o país.

A juíza Cristiane Busatto Zardo, da 2ª Vara do Júri, afirmou ao G1 que o processo está na fase de citação dos réus. As seis pessoas que respondem por homicídio triplamente qualificado deverão ser citadas e apresentar resposta à acusação. Só depois será marcada a audiência.

Ontem (18), os advogados da viúva de João Alberto, Milena Borges, de 41 anos, se reuniram pela internet com os representantes do Carrefour para tentar um acordo extrajudicial. A família pretende articular uma indenização por danos morais e outra por danos materiais, que seria uma pensão mensal vitalícia. As negociações avançaram, mas ainda não há nada definido. Um novo encontro deve ocorrer na próxima quarta (24).

"Que paguem pelo que fizeram! Podiam só ter contido ele. Aquela noite não trouxe nada de bom", lamenta Milena.

Por meio de nota, o Carrefour informou que "a empresa segue oferecendo suporte social, psicológico e financeiro à família e vem avançando nos acordos com os advogados". O ex-policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, os dois seguranças autores das agressões, seguem presos.