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Reclamações contra Hapvida somam mais de 1,8 mil queixas na Bahia

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Reclamações contra Hapvida somam mais de 1,8 mil queixas na Bahia

Relato mais recente compartilhado envolve mulher que precisou de um exame de aproximadamente R$ 3 mil para verificar a permanência de um câncer

Reclamações contra Hapvida somam mais de 1,8 mil queixas na Bahia

Foto: Metropress

Por: Laisa Gama no dia 16 de setembro de 2024 às 10:34

Atualizado: no dia 16 de setembro de 2024 às 17:12

A insatisfação com os serviços de os serviços do plano de saúde HapVida na Bahia levou 1.827 consumidores a registrar reclamações na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) entre janeiro e agosto de 2024. As queixas incluem cancelamentos unilaterais de planos, dificuldades em atendimento e a negativa para realização de exames. No âmbito nacional, a situação é ainda mais crítica, com 40.354 queixas registadas no mesmo período.

Somente no mês de agosto, foram 4.482 consumidores do país registrando reclamações na ANS. O número representa um crescimento de 54% comparado às queixas do mesmo mês de 2023. Na Bahia, o plano registrou uma queda no número de reclamações em agosto, mas com um volume ainda expressivo: 191 reclamações só em agosto. Chama atenção ainda a quantidade de processos instaurados registrados na ANS: 156 nos últimos 12 meses.

O plano já vem sendo alvo de sucessivas denúncias de usuários insatisfeitos que recorrem à Rádio Metropole. O relato mais recente compartilhado envolve uma mulher que precisou de um exame de aproximadamente R$ 3 mil para verificar a permanência de um câncer, mas teve o procedimento negado pela seguradora. Ela já tinha passado por duas cirurgias e uma sessão de iodoterapia para tratar um carcinoma. Sua médica então aconselhou a realização do exame de Pet Scan para detectar possíveis células cancerígenas remanescentes.

“Eu já estava, de certa forma, com o tratamento ‘finalizado’, que havia sido de fato coberto pelo Hapvida, mas esse exame foi negado porque eles identificaram que no meu caso não era necessário”, contou de forma anônima. Somente após acionar uma advogada e conseguir uma liminar judicial, a mulher pôde realizar o exame, que confirmou a presença de uma massa desconhecida, provando a importância da realização do procedimento que havia sido negado.

Ao Repórter Metropole, diversos soteropolitanos também teceram críticas ao plano de saúde. Uma mãe, cujo filho foi diagnosticado com autismo, relatou dificuldades para conseguir atendimentos de fonoaudiologia e psicologia, serviços essenciais para o tratamento de seu filho.

Ao Metro1, a HapVida afirmou que "segue rigorosamente todos os protocolos, diretrizes e prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar". A empresa destacou ainda que houve uma redução nas reclamações ao longo dos últimos 12 meses na Bahia, o que, segundo a HapVida, mostraria que "não há indícios de um aumento nas demandas junto ao órgão regulador".

Confira o Repórter Metropole: