Bahia
Indígenas envolvidos na morte de mulher na Bahia são investigados pela polícia; outros crimes foram registrados
Familiares do cacique preso pelo crime também cometeram homicídio, segundo investigações
Foto: Divulgação/PC
A morte de Miscilene Dajuda Conceição, torturada na zona rural de Prado no domingo (14) e que resultou na prisão do cacique Baia, não é o primeiro crime envolvendo indígenas da aldeia Águas Belas. De acordo com investigações da Polícia Civil, em abril deste ano, familiares do cacique estiveram envolvidos no assassinato de um homem dentro da aldeia.
A informação é do jornal Correio, segundo a reportagem, o cacique Evail da Conceição, conhecido como Baia, integraria uma espécie de “milícia” formada por indígenas na região sul do estado, segundo as investigações da polícia. Familiares dele são suspeitos de terem matado, com tiros e golpes de faca, o também indígena Amarilson Conceição de Oliveira, no dia 6 de abril. Até hoje, ninguém foi preso pelo crime.
Segundo o delegado Moisés Damasceno, titular da 8º Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Teixeira de Freitas), a morte de Miscilene, não teve relação direta com o crime de três meses atrás. O elo entre os episódios, que ocorreram em aldeias vizinhas, é justamente o cacique Baia.
“Parentes do cacique da aldeia Águas Belas praticaram o crime de abril [...] Sabemos que ele não é bem visto entre as comunidades. Segundo as informações é como se eles tivessem uma milícia que oprime as outras aldeias. Uma confusão política entre eles”, explica o delegado. Segundo Moisés Damasceno, a disputa não tem relação com conflitos de terra.
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