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Bahia
Ubaldo 80: amigos lembram do legado do escritor João Ubaldo Ribeiro
Walter Queiroz e Jolivaldo Freitas relembram episódios e companheirismo com o ex-colega
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Foto: Metropress
O escritor e jornalista João Ubaldo Ribeiro completaria 80 anos neste ano se estivesse vivo. No entanto, ele continua sendo lembrado por amigos e ex-colegas de equipe por conta do legado e da contribuição para a literatura e o jornalismo do país. "O que eu posso dizer é que, além da grande saudade e convivência, Ubaldo tinha uma coisa fantástica. Independente do grande talento e do escritor maior que era, era um ser humano muito interessante. Muito engraçado e muito bem humorado. Uma tirada atrás da outra. Trabalhar com ele era uma festa. Fico muito contente em poder lembrar do meu saudoso compadre", disse o escritor Walter Queiroz. em entrevista a Mário Kertész na Rádio Metrópole hoje (3).
"A primeira vez que conheci Ubaldo, estava na casa dele, na rua 8 de dezembro, voltando dos EUA. Ele trouxe, inclusive, o primeiro aparelho de ar refrigerado daquela época, que serviria dias depois, num segundo encontro, para curar uma monumental ressaca de Glauber Rocha, que se equivocou e tomou muito whisky", lembra.
Quem também se recorda de Ubaldo é Jolivaldo Freitas, que trabalhou diretamente com o jornalista nos anos 70, quando fez parte da redação do jornal Tribuna da Bahia. "João Ubaldo se dizia um péssimo editor-chefe. Todos que o conheciam consideram que ele foi o melhor editor-chefe da Tribuna de todos os tempos e um dos melhores do Brasil. Ele tinha uma visão evolutiva do jornalismo. Em 76, a Folha de S. Paulo tinha a figura do repórter especial. Ele decidiu implantar o repórter especial na Tribuna da Bahia e me convidou", narra o comunicador.
Para Jolivaldo, o legado de João Ubaldo transcende a importância do jornalismo baiano em si. "Foi uma coisa tão expressiva que ele terminou me fazendo enxergar que o jornalismo que se fazia fora da Tribuna era retrógado. A gente, muito jovem, não entendia isso. Com a paciência de professor que ele tinha, ele decidiu criar um curso chamado Pulo do Gato. Nesse Pulo do Gato, ele tirava duas horas do dia para a explicar o que era reportagem, a política, a democracia, filosofia e antropologia", conta.
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