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Perigos que nos cercam

Perigos que nos cercam

São dois perigos que nos cercam. Estamos, por um lado, oprimidos pela Inteligência Artificial. E, do outro lado, pela inteligência natural

Perigos que nos cercam

Foto: Reprodução

Por: metro1 no dia 13 de março de 2025 às 07:08

Nessa brincadeira que Donald Trump está fazendo com o mundo, o resultado é preocupante, até porque não se tem a menor ideia de qual será. São tantas as formas e as possibilidades de um desastre gigantesco no planeta e qualquer especulação não passa disso mesmo: apenas especulação. Não se pode nem dizer que há um uma previsão, premonição ou antecipação. A única certeza é de que certo não dará. Nós estamos cercados de perigos.

São dois perigos que nos cercam. Estamos, por um lado, oprimidos pela Inteligência Artificial, que é outra coisa que não vai dar certo no final. E, do outro lado, pela inteligência natural. É um cerco semelhante ao que está se dando na geopolítica internacional. De um lado, temos Trump. E, de outro, temos algo tão grave quanto, embora com uma forma aparentemente civilizada e adulta, que é a politização da questão ucraniana pelos governantes europeus.

Essa crise com Trump e a guerra da Ucrânia estão ambas sendo usadas pelos governos europeus com dificuldades políticas como uma alavanca em seus respectivos países. Esse é o caso da França, por exemplo. As dificuldades internas do presidente Emmanuel Macron são imensas, e a saída temática e propagandística que a guerra e Trump oferecem é o ideal para ele. Macron já pautou até assuntos de armamento nuclear, tal o desespero para aproveitar essa maluquice dupla e fazer os franceses esquecerem a situação interna do próprio país e todo mundo cair numa preocupação muito maior, que é a preocupação das decorrências de uma guerra ou de algo muito próximo de uma guerra.

O perigo é imenso, porque esses políticos europeus e tradicionais, como os políticos em geral, não pensam nas dificuldades e nas necessidades da humanidade. Pensam no futuro deles e no que lhes interessa. O político clássico é assim e esses que estão hoje na Alemanha e na França são ultra convencionais. 

São incapazes de algo realmente novo, de uma visão humanitária e de uma ideia de civilização, porque o resto do mundo vem como sobra e adendo. Então, o perigo que nós corremos tanto vem da Europa como vem dos Estados Unidos. Um indicativo disso é que eles só falam em China e Rússia, não falam dos seus problemas internos. Trump, por exemplo, está chutando tudo para as tarifas de produtos estrangeiros. O problema está sempre nos outros, nunca neles.

* A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às quintas-feiras

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