Vassalização ocidental
É inacreditável essa vassalagem, essa covardia e falta de armamento das sociedades para resistir a coisas e a pessoas do tipo de Trump e de Biden
Foto: Reprodução
O espanto maior em relação à posse e medidas de Donald Trump é a quase passividade absoluta dos governantes ocidentais diretamente tocados ou já prevenidos de estão na iminência de entrar na roda de cair na roda de agressões, ameaças e insultos do presidente norte-americano.
Mesmo os citados diretamente, caso do Panamá, México e Dinamarca, a reação foi tão covarde e meramente cumpridora de uma formalidade. As instituições desses países e as instituições internacionais - do tipo OEA, tocado diretamente pela questão do Panamá e pela ameaça ao México - estão absolutamente falidas. É o que Trump vem mostrar. E não há nada que as sociedades desses países possam fazer, porque os seus poderes também estão avassalados - para usar uma palavra que entrou no circuito do comentarismo internacional na Europa e deve ser a próxima palavra da moda na política: “a vassalização dos países diante dos Estados Unidos.
É inacreditável essa vassalagem, essa covardia e falta de armamento das sociedades para resistir a coisas e a pessoas do tipo de Trump e de Biden, que também fez muito mal ao mundo. Foi por sorte nossa que as relações entre Estados Unidos no governo Biden e a China não desandaram de vez, porque eles estiveram vivendo seguramente o seu pior momento nos últimos 30 anos.
Única reação
A bispa Mariann Budde, que pediu a Trump misericórdia para imigrantes e pessoas de todos os gêneros e orientações sexuais, certamente sabia que não obteria nenhum resultado positivo do presidente ou de quem quer que integre o novo grupo de governo americano. Mas o que ela fez foi dizer a Trump o que uma pessoa humana pensa do que ouviu dele. Ele pelo menos tomou conhecimento e esse eu acho que foi o propósito dela. É impossível que ela, com a sabedoria e maturidade que demonstrou ali, tivesse alguma esperança de que Trump reagisse bem, com algum respeito ou consideração ao que ela disse. Foi muito bonito o ato, mas sem nenhum reflexo além dessa coisa óbvia que é a beleza daquele evento, poque gesto efetivo, produtivo, consequente? Até agora nada.
* A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às quintas-feiras
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