Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Brasil

/

INSS: auditoria aponta que R$ 1 bi foi pago indevidamente a segurados já falecidos

Brasil

INSS: auditoria aponta que R$ 1 bi foi pago indevidamente a segurados já falecidos

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou por meio de auditorias, irregularidades na prestação de contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que é feita anualmente, como o pagamento de benefício a segurados que já faleceram. [Leia mais...]

INSS: auditoria aponta que R$ 1 bi foi pago indevidamente a segurados já falecidos

Foto: Agência Brasil

Por: Paloma Morais no dia 18 de setembro de 2017 às 16:40

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou por meio de auditoria elaborada pela Secretaria Federal de Controle Interno, irregularidades na prestação de contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que é feita anualmente, como o pagamento de benefício a segurados que já faleceram.

Conforme relatório, foram feitos cerca de 73.556 processos de pedido de devolução e de cobrança administrativa pós-óbito. No total, os processos chegam a um montante de R$ 1,01 bilhão, que o INSS tenta recuperar  junto a bancos públicos e privados. Somente 12%, o que equivale a R$ 119 milhões, foram devolvidos.

“A ineficiência do processo de cobrança acarreta o aumento da dívida”, mostra o relatório da CGU. "A situação presente é resultado da progressiva perda de capacidade de governança do instituto. Em poucos anos, o INSS perdeu controle sobre a concessão, a manutenção e a cessação de benefícios e também sobre a prevenção de erros e recuperação de valores”, acrescenta.  

De acordo com dados do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi), pelo menos 101.414 pessoas já constavam como mortas antes de receber benefícios entre janeiro e agosto do ano passado. As pessoas teriam recebido cerca de R$ 460 milhões em benefícios indevidos, divididos em 441.498 pagamentos. Entre esses indícios de irregularidades, 1.256 beneficiários, já supostamente mortos desde 2005, recebiam benefícios ainda em 2016.