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CQC 'não tem culpa' por eleição de Bolsonaro, diz Marco Luque
Ex-integrante do humorístico da Band admitiu, no entanto, que o programa deu maior visibilidade ao atual presidente

Foto: Reprodução
Ex-integrante do programa "CQC - Custe o Que Custar", da Band, o humorista Marco Luque afirmou que a atração "não tem culpa" de Jair Bolsonaro ter se tornado presidente da República, embora admita que o humorístico deu maior visibilidade ao então deputado federal. A declaração foi dada em entrevista publicada hoje (4) na coluna de Mônica Bergamo, na Folha.
"Acho que a gente mostrou o Bolsonaro. Assim como levantamos a Palmirinha também. Antes do programa, eu não conhecia ele. Mas o 'CQC' não tem culpa de Bolsonaro ser hoje o nosso presidente", analisou. "Acho que [ele foi eleito] muito mais pelo desespero da população em querer mudar o quadro, em querer ser diferente", acrescentou Luque.
Exibido entre 2008 e 2015, o "CQC" tinha como uma de suas marcas as entrevistas de tom irônico com políticos. Em 2011, durante participação em um quadro do programa, Bolsonaro afirmou que não discutiria "promiscuidade" ao ser questionado pela cantora Preta Gil, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra. Além disso, questionado sobre o que faria se tivesse um filho gay, o então deputado disse que isso não aconteceria com ele porque seus filhos "tiveram boa educação". Esta última declaração levou Bolsonaro a ser condenado a pagar R$ 150 mil, por danos morais, ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça.
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