Saúde
'Síndrome da máscara': Badaró explica dor de cabeça e problemas na garganta por uso do equipamento
De acordo com o infectologista, síndrome apontada por ele é consequência do uso prolongado das máscaras, o que pode dar falsa sensação de estar com Covid-19
Foto: Matheus Simoni/Metropress
O médico infectologista Roberto Badaró apontou a existência de uma síndrome ocasionada pelo uso prolongado da máscara por conta das medidas de isolamento contra o coronavírus. Em entrevista a Mário Kertész hoje (5), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele afirmou que, por conta da prevenção da Covid-19, algumas pessoas saudáveis podem desenvolver o que ele chamou de Síndrome Respiratória Populacional da Máscara.
"Várias pessoas, meus filhos me ligam toda hora e pacientes vêm fazer consulta por conta da sensação de falta de ar. A máscara usada o dia inteiro faz uma concentração de CO2 maior e faz com que você aumente a frequência respiratória. Não é uma coisa falsa, ela não está inventando, é real. Uma consequência da prevenção e começa a procurar o médico", declarou Badaró.
"Já há o receio e que a Covid causa doença respiratória. Vai fazer o teste, corre o risco de ter um falso positivo e instala-se o pânico desnecessário. Faz a tomografia e não tem nada", acrescentou. No entanto, ele reforça que a síndrome não causa problemas respiratórios e se limita a causar a impressão e desconforto.
Ainda de acordo com Badaró, o problema também pode ocasionar sensações estranhas na garganta. "Outra coisa também é a aeração da máscara que é ruim, seca muito a garganta e a faringe. Dá a sensação de que você está com o problema. Temos que alertar isso porque muitas pessoas estão indo para os médicos sem ter nada. Faz o teste PCR positivo, mas pode não corresponder", disse o infectologista.
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