Saúde
'Nunca tinha visto algo parecido', diz Elsimar Coutinho sobre coronavírus
Cientista avalia que vírus terá uma grave propagação, mas que a imunização deve ocorrer de forma gradativa para evitar novas ondas da doença
Foto: Tácio Moreira/Metropress
O renomado médico e cientista baiano Elsimar Coutinho, eleito uma das Grandes Mentes do século XXI, afirmou hoje (15), em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, que o coronavírus tem “uma vantagem enorme” por acometer de forma branda a maioria das crianças infectadas. Ainda segundo ele, é raro acometer pessoas mais jovens. "Nas circuntâncias que estamos vendo, nunca tinha visto algo parecido. "A última vez foi com vírus que nos acometeram e que tomamos uma vacina para que ele não nos pegue. Com a virulência que ele apresenta, nunca vi. Já li a respeito, o mundo já viveu invasões virais desse tipo e, depois de matar um monte de gente, imuniza um monte de gente, sobrevivem e se fabrica uma vacina com a estrutura do vírus, desenvolvendo uma defesa imunológica", afirmou.
"O vírus só mata aproximadamente 7% das pessoas que atinge. Se você descontar desse 7% que morreriam de outras coisas se não fosse o vírus, é menos ainda, algo em torno de 3%", acrescentou o cientista.
Elsimar ainda criticou os posicionamentos públicos do presidente, que menospreza a importância do vírus. “A parte ruim é que, com a facilidade alta de contaminação, e com um presidente que aparentemente é contra o único remédio que temos, que é ficar em casa, o vírus ainda vai matar muita gente”, avaliou o médico, ao mencionar Jair Bolsonaro (Sem partido).
"É um consolo que eu vejo as crianças, quando afetadas, não morrem e desenvolvem uma certa defesa, sem problemas cardiovasculares", acrescentou.
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