Saúde
Saúde
Salvador tem taxa de cesáreas abaixo da média nacional, mas acima da recomendada pela OMS
Informações correspondem aos índices mais recentes do Sistema Único de Saúde (SUS) e foram divulgadas pelo portal Fiquem Sabendo hoje (1º).
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
A capital baiana contabilizou, em 2017, a taxa de 48,4% de partos cesáreas, de acordo com dados do portal DataSus organizados pelo portal Fiquem Sabendo. As informações correspondem aos índices mais recentes do Sistema Único de Saúde (SUS) e foram divulgadas pelo site hoje (1º).
Naquele ano, foram 17.102 nascimentos com cesarianas, diante de 18.232 normais (51,6%). O índice de cesarianas em Salvador é menor do que a média nacional (55%), no entanto, ainda está longe do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 10% a 15%.
A análise do portal apontou que as cidades campeãs em índices de cesárea estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Em 14 desses municípios, nenhuma criança nascida em 2017 veio ao mundo de parto natural.
Ainda segundo o levantamento, entre as capitais, Goiânia (GO) foi a que registrou o maior índice de cesarianas no período (71%).
Recomendação da OMS
A taxa recomendada pela OMS surgiu de uma declaração feita por um grupo de especialistas em saúde reprodutiva durante uma reunião promovida em 1985, em Fortaleza, no Brasil. O grupo de especialistas baseou essa afirmação em uma revisão dos poucos dados disponíveis na época, provenientes principalmente de países no norte da Europa, que mostravam ótimos resultados maternos e perinatais com essas taxas de cesárea.
Conforme conclusão da OMS, "a cesárea pode causar complicações significativas e às vezes permanentes, assim como sequelas ou morte, especialmente em locais sem infraestrutura e/ou capacidade de realizar cirurgias de forma segura e de tratar complicações pós-operatórias. Idealmente, uma cesárea deveria ser realizada apenas quando ela for necessária, do ponto de vista médico".
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.