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Família denuncia suposta negligência da HapVida em atendimento a paciente com aneurisma rompido

Saúde

Família denuncia suposta negligência da HapVida em atendimento a paciente com aneurisma rompido

Família se queixa de atendimento dado à paciente e afirma que diagnóstico só foi concluído dois dias após entrada em hospital; plano alega que foram realizados todos os exames necessários

Família denuncia suposta negligência da HapVida em atendimento a paciente com aneurisma rompido

Foto: Divulgação

Por: Luanda Costa no dia 24 de setembro de 2024 às 17:36

A insatisfação com o plano de saúde HapVida tem gerado um número significativo de reclamações, muitas das quais são de longa data e já bem conhecidas pelos ouvintes da Rádio Metropole. As queixas são diversas e abrangem vários aspectos dos serviços oferecidos pela operadora - desde o atendimento classificado por pacientes como pouco prestativo e demorado até relatos de exames que não são realizados conforme solicitado.  

Em denúncia à Rádio Metropole, uma ouvinte detalhou o tratamento, considerado por ele negligente, oferecido à sua irmã. Ela teria chegado no Hospital Teresa de Lisieux, uma das sedes de atendimento da rede, no final da manhã do dia 26 de maio, após bater a cabeça e desmaiar em casa. "Apresentava fortes dores de cabeça, dores na nuca e confusão mental", afirma a familiar. A paciente seria deslocada para outra unidade do grupo, onde deveria realizar uma tomografia, tendo em vista que o aparelho no hospital estaria quebrado. O exame não foi feito, outros foram solicitados e, mesmo assim, não detectaram o problema. 

A equipe chegou a levantar a suspeita de meningite. Mas, somente 48h depois da chegada na emergência, a paciente foi diagnosticada com o rompimento de um aneurisma cerebral. Ou seja, foram dois dias no hospital com o cérebro sangrando, sem diagnóstico. Segundo a família, entre entubações, extubações e drenos, ela desenvolveu hidrocefalia, o acúmulo de líquido nas cavidades internas do cérebro. "Durante esse tempo, observei várias situações de falta de assepsia adequada da equipe no manuseio dos pacientes, dos equipamentos, das roupas de cama. Isso é o que alimenta as infecções dentro do hospital", comenta a familiar. 

A paciente ainda desenvolveu, conforme relatado pela família, escaras na pele, que somadas à perda da lucidez e atrofia dos quatro membros, impuseram um "prognóstico ruim". "É fonte de muito sofrimento e dor para a paciente e para a família", alega a irmã. A família optou por relatar o caso em anonimato para preservar a paciente, que segue internada.

Em nota, a assessoria da HapVida afirma que "assim que a paciente foi admitida à unidade hospitalar, foram realizados todos os exames necessários para investigação do quadro de saúde e, tão logo o aneurisma foi identificado, o tratamento foi iniciado". Completa dizendo que "a paciente está apresentando boa evolução com o tratamento implementado e que a empresa segue à disposição dos familiares para os devidos esclarecimentos".