Saúde
Pazuello defende transferência de pacientes de UTIs lotadas, mas presidente do Conass vê dificuldade
"Hoje a gente já teria dificuldade bem maior de fazer esse transporte porque todo mundo está no seu limite", disse Carlos Lula, presidente do Conass
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem (25) que o Brasil se encontra em uma "nova etapa" da pandemia do coronavírus, com a circulação no país da variante descoberta em Manaus. Para enfrentá-la, uma das estratégias utilizadas, segundo ele, será a transferência de pacientes entre estados que enfrentam lotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
A declaração foi feita após uma reunião com os conselhos de secretários de saúde dos estados e dos municípios, na qual foi fechado acordo sobre o pagamento pela utilização de leitos de UTI.
"Uma das estratégias com relação a leitos é a utilização de leitos de forma remota. São remoções", afirmou o ministro. Ele acrescentou que mais informações sobre as transferências serão ditas por Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).
O presidente do Conass, porém, apenas afirmou que há alta ocupação hospitalar em vários estados, inclusive na Bahia, o que torna a ação mais difícil. "A gente termina a contabilidade tendo feito o transporte de mais de 600 pacientes do Amazonas para outros estados. E mais de 60 de Rondônia. Hoje a gente já teria dificuldade bem maior de fazer esse transporte porque todo mundo está no seu limite. Quase todo o Brasil recebeu pacientes do Amazonas", falou.
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