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Janio de Freitas critica taxação de aço dos EUA: “prejuízo é deles”

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Janio de Freitas critica taxação de aço dos EUA: “prejuízo é deles”

Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os EUA, com exportações que totalizaram aproximadamente US$ 6 bilhões em 2024

Janio de Freitas critica taxação de aço dos EUA: “prejuízo é deles”

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 13 de março de 2025 às 12:33

Atualizado: no dia 13 de março de 2025 às 13:20

Os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 25% sobre o aço e alumínio importados, afetando o Brasil. Durante o programa Três Pontos, nesta quinta-feira (13), o jornalista Janio de Freitas analisou a medida e a possível resposta do governo brasileiro que, em sua opinião, não deve responder nada.

"Acho que simplesmente não se devia, em primeira hora pelo menos, responder nada. Deixa que ele aplique lá os 25%, 5%, 15%, o quanto ele quiser, o prejuízo fica sendo dele. Aqui no Brasil, as empresas que exportam terão perdas de faturamento. Mas é uma perda limitada, é uma perda restrita para essas empresas e a parcela de imposto de renda que, eventualmente, essa exportação gere para o Tesouro Brasileiro. Mas nos Estados Unidos, a taxação provoca um dano econômico muito mais grave", disse.

O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os EUA, com exportações que totalizaram aproximadamente US$ 6 bilhões em 2024. Por isso, de acordo com Janio, a medida do presidente Trump, que visa fortalecer a indústria doméstica americana, pode, junto com outras taxações, elevar os custos de produção nos EUA e afetar os consumidores do próprio país.

“E já começou lá um mal-estar decorrente do aumento de preço, por causa da promessa de taxação que aterra os aumentos aplicados. Nós temos condições de aguentar essa perda na exportação, pelo menos por algum tempo, porque não será muito tempo, basta batalharmos por outros mercados importadores. Não é uma coisa tão difícil, porque aço e alumínio são necessários a todo mundo”, analisou, complementando que não vale a pena o Brasil retribuir a taxação.

"Evitaremos que haja um reflexo maior, generalizado no Brasil se aplicarmos também taxações mais elevadas aos produtos importados pelo Brasil e dos Estados Unidos. Não vale a pena. Não há por que nos jogarmos no mesmo buraco prejudicial em que o Trump está lançando para a sociedade americana", concluiu.

Confira o programa completo: