Janio de Freitas: a forma escancarada do imperialismo de Trump corresponde à degradação moral e cultural do mundo

Em mais uma de suas falas polêmicas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, ao lado de Benjamin Netanyahu, que iria assumir o controle da Faixa de Gaza e  retirar todos os moradores da região. Para o jornalista Janio de Freitas, a forma como Trump vem se comportando não tem muita diferença em relação a outros governantes norte-americano, o que muda é a maneira escancarada que, segundo o jornalista, é reflexo da degradação moral e cultural que vive o mundo. 

O jornalista também destacou que a relação dos EUA com territórios estrangeiros sempre se pautou pelo uso da força, como aconteceu com as invasões no Iraque e Afeganistão e episódios históricos como a apropriação do Canal do Panamá e parte do território mexicano. Para ele, a lógica expansionista americana continua a prevalecer, e a resposta internacional tem sido marcada pela complacência e fraqueza.

"Isso [a forma escancarada que Trump faz] corresponde exatamente à degradação moral e cultural do mundo. O mundo hoje não é aquele mundo, em termos de educação, de cultura, de habilidade, de inteligência. O mundo hoje perdeu a delicadeza, a educação. O mundo está muito deseducado por perda e o chefe reflete isso. Tanto que no país dele a reação ao que um presidente faz em nome do país é simplesmente ridícula. A vergonheira de estar declarando ambições sobre terras alheias, sobre pedaços de países, portanto sobre blocos. E a reação dos americanos é ainda mais indecente do que a covardia europeia", declarou no Três Pontos desta quinta-feira (6).

Janio voltou ainda a criticar a maneira “covarde” como tem reagido os países europeus à, por exemplo, a ambição manifestada por Trump de se apoderar da Groenlândia, território da Dinamarca. “[Essa situação] indica o quanto ele está simplesmente se valendo da força que os Estados Unidos têm, enquanto o restante do mundo, mesmo a Europa tão poderosa, tão experimentada, tão vivida, muitas vezes vivida tristemente, o tanto com o que aprender, o mundo não aprendeu, o restante do mundo não aprendeu e a força continua prevalecendo", concluiu o jornalista Janio de Freitas.

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