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Presidente do Cremeb critica PL que libera a venda de remédios em supermercados: “O perigo é induzir consumo sem necessidade”

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Presidente do Cremeb critica PL que libera a venda de remédios em supermercados: “O perigo é induzir consumo sem necessidade”

Proposta legislativa pretende liberar a venda de medicamentos em supermercados

Presidente do Cremeb critica PL que libera a venda de remédios em supermercados: “O perigo é induzir consumo sem necessidade”

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 03 de fevereiro de 2025 às 17:29

Atualizado: no dia 03 de fevereiro de 2025 às 17:49

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia, alertou sobre os riscos da venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados, a possibilidade pode se tornar real caso um Projeto de Lei seja aprovado. Em entrevista ao programa Metropole Mais, Marambaia explicou que essa opção, aliada a estratégias comerciais, podem atrair consumidores a comprarem medicamentos que não precisam, ocasionando sérios danos à saúde.

"As pessoas são induzidas a fazer uma compra. E existem estratégias de venda. Por exemplo, se eles querem vender um produto, eles colocam na primeira prateleira. E o produto que não dá muito rendimento, eles colocam na última. Onde é que você acha que eles iriam colocar os medicamentos? Na cara do cliente, no alcance da mão. De modo que as pessoas vão se sentir atraídas. Então, as pessoas podem ser induzidas. Pensam, 'eu vou levar, porque se precisar tem em casa'. Esse é o perigo de se vender remédios visando esse aspecto exclusivamente comercial, é induzir as pessoas a consumirem algo que não estão necessitando", comentou o presidente. 

Marambaia também criticou a prática da automedicação e alertou sobre a possibilidade de colocarem farmacêuticos para orientarem consumidores nos supermercados. "Nós estamos falando de medicações fora da prescrição médica, e que são basicamente medicações sintomáticas. Tipo um analgésico para uma dor que surge, um antitérmico para uma febre. Mas esses sintomas, todos eles podem ser significativos de uma doença. E a doença tem que ser vista pelo médico para estabelecer os diagnósticos e fazer o tratamento adequado. Então, eu acho que se os medicamentos passarem a ser vendidos em supermercados, o que não se pode rescindir é na presença de um farmacêutico para orientar a estocagem, a venda e a manipulação", concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: