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Possebon avalia que Big Techs têm "alinhamento pragmático" com extrema-direita

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Possebon avalia que Big Techs têm "alinhamento pragmático" com extrema-direita

Samuel Possebon participou, nesta quinta-feira (30), do programa Três Pontos

Possebon avalia que Big Techs têm "alinhamento pragmático" com extrema-direita

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 30 de janeiro de 2025 às 14:20

Atualizado: no dia 30 de janeiro de 2025 às 14:28

A relação entre as Big Techs e a extrema-direita tem se consolidado nos últimos anos, refletindo uma estratégia para evitar regulações e manter seu domínio digital. O diretor da Teletime News, Samuel Possebon, revelou, em entrevista ao programa Três Pontos desta quinta-feira (30), que o escândalo da Cambridge Analytica, que envolveu o Facebook na eleição de Donald Trump e no Brexit, já indicava essa conexão. Segundo ele, no Brasil, essa aliança ficou evidente desde o governo Bolsonaro, quando grandes empresas de tecnologia se aproximaram da bancada conservadora para barrar projetos que poderiam restringir sua atuação.

“A aliança entre o mundo das Big Techs, das empresas de tecnologia norte-americanas e a extrema-direita já estava acontecendo. A gente lembra do escândalo Cambridge Analytica, em que o Facebook foi implicado na eleição do Donald Trump, ali em 2018. O Brexit também, na Inglaterra. [...] Depois a gente viu, logo no começo do governo Lula, uma aliança descarada entre as grandes empresas de tecnologia e a base mais conservadora do bolsonarismo no Congresso contra o projeto de lei 2630, que era o projeto que visava combater as fake news”, afirmou Samuel Possebon.

Possebon ainda aponta que o avanço de regulações em países como os da União Europeia, as gigantes da tecnologia passaram a buscar apoio de forças políticas conservadoras para evitar restrições legais. Ele também diz que, apesar de se apresentarem como empresas progressistas, seu pragmatismo ficou evidente ao apoiar Donald Trump e financiar sua posse. Para ele, no Brasil, o impacto dessa aliança pode limitar o desenvolvimento de políticas digitais que protejam usuários e garantam uma concorrência justa no setor.

“O Brasil tem pessoas com capacidade de desenvolvimento e conhecimento para entrar no mundo da inteligência artificial. [...] O Brasil tem que abraçar isso e desenvolver uma política de inteligência artificial para atrair investimentos na área e não ficar fora dessa briga”, concluiu Possebon, ao reafirmar a capacidade que o país tem de deixar de ser um consumidor e se tornar um produtor da tecnologia que tem movimentado o mundo.

Confira o programa na íntegra: