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Janio de Freitas: “Guantánamo continua em poder dos EUA, há 25 anos, sem justificativa”

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Janio de Freitas: “Guantánamo continua em poder dos EUA, há 25 anos, sem justificativa”

Janio de Freitas comentou, no programa Três Pontos desta quinta-feira (30), sobre a ocupação forçada de Guantánamo e as intenções de Trump

Janio de Freitas: “Guantánamo continua em poder dos EUA, há 25 anos, sem justificativa”

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 30 de janeiro de 2025 às 12:59

Atualizado: no dia 30 de janeiro de 2025 às 13:32

A recente revelação de que Donald Trump cogitou enviar imigrantes para a base de Guantánamo reacende um antigo impasse geopolítico. Durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (30), o jornalista Janio de Freitas apontou que o território, localizado em Cuba, foi cedido aos Estados Unidos por concessão até 1999. No entanto, ao fim do prazo, Washington recusou-se a devolvê-lo, mantendo a ocupação militar por mais de 25 anos.

Freitas criticou, duramente, o fato de que nenhuma entidade internacional, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), ou país latino-americano tomou medidas contra essa posse forçada, evidenciando a influência norte-americana na imposição de sua força sobre territórios soberanos.

“Os campos de concentração de japoneses nos Estados Unidos se deram durante a guerra, a Segunda Guerra Mundial. O Guantánamo não foi ocupado por causa da guerra, foi ocupado pelos EUA, que decidiram que queriam ficar com aquele pedaço. E ficaram, simplesmente, não houve nenhuma guerra que não motivasse a entrega de um pedaço do país aos EUA, nem na ocasião de vencimento do acordo de concessão havia motivo bélico para a atitude americana”, afirmou Janio de Freitas.

Além disso, o jornalista pontuou que a prática de confinamento e ocupação de terras alheias não é inédita. Durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com ele, o Brasil e EUA criaram campos de concentração para alemães e japoneses, sob o pretexto da guerra. Sobre a ocupação forçada, ele disse que os EUA também resistiram à devolução do Canal do Panamá, concretizada apenas no final dos anos 1990 após um acordo firmado em 1977. Para o jornalista, tudo isso permanece como um símbolo da hegemonia americana sobre territórios estrangeiros.

Confira o programa completo: