Pneumologista faz alerta contra vapes: "Pode conter níveis alarmantes de nicotina e predispor a um câncer"

Durante entrevista ao programa Metropole Mais, da Rádio Metropole, a pneumologista Carla Nascimento fez um alerta sobre os riscos do uso de vapes, ou cigarros eletrônicos, destacando que esses dispositivos podem ser tão prejudiciais quanto o cigarro tradicional – ou até mais. Segundo a médica, a falta de padronização nos cigarros eletrônicos é um fator preocupante, já que a quantidade de nicotina e outros compostos varia muito entre as diferentes marcas.

De acordo com a médica, alguns vapes podem ter o equivalente a até 10 maços de cigarro por dia, dependendo da quantidade de nicotina e do tipo de reservatório do líquido. Além disso, Carla explica que o sal de nicotina presente nesses dispositivos torna o vício ainda mais forte, sendo absorvido de forma rápida pelo corpo, o que libera dopamina no cérebro em apenas 7 segundos, causando dependência similar a de outras drogas.

A pneumologista também destacou que os problemas vão além da nicotina. “Substâncias cancerígenas, como o acetaldeído, e metais que podem ser liberados durante a combustão do líquido" Carla ainda mencionou casos registrados nos Estados Unidos, como a doença pulmonar aguda conhecida como Evali, que pode levar à insuficiência respiratória de forma muito rápida. “Dependendo do que a indústria coloca no vape, doenças graves e agudas podem se manifestar de forma acelerada”, acrescentou. "É um mito dizer que o cigarro eletrônico não faz mal. Faz, e muito. Precisamos acabar com o tabagismo em qualquer forma", concluiu.

Confira a entrevista completa: