Rádio Metropole
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Marco Antonio Villa receia que o Brasil se torne uma "Marçalândia"
Para ele, o candidato tem "uma campanha despolitizada, porque ele agiu para "desmoralizar o processo eleitoral"
Foto: Reprodução/Youtube
O historiador, escritor e comentarista político da Jovem Pan e TV Cultura, Marco Antônio Villa, reconheceu que "essa eleição vale um livro". Neste domingo de eleições (6), em entrevista à Rádio Metropole, ele analisa as candidaturas na capital paulista em relação ao histórico eleitoral no Brasil. Na sua opinião, o real perigo no momento é que "o que vimos em São Paulo se espalhe para todos as eleições do Brasil em 2026, tanto para as eleições estaduais quanto, principalmente, para as eleições presidencias".
O historiador receia que o Brasil se torne uma "Marçalândia", isto é, "uma expansão do método de anti-política para destruir a política". Ele acredita que alguns conceitos do campo da psiquiatria seriam atribuídos ao candidato Pablo Marçal sem nenhum problema: "Ele tem características de psicopata e é mitômano". Marco ainda cita sua "suposta fortuna", e diz não estar convencido de como o goiano construiu um grande montante financeiro em tão curto espaço de tempo: "Agora certamente as autoridades vão averiguar isso um pouco melhor".
Ainda de acordo com Marco, o que está acontecendo nas eleições municipais paulistas não acontece na história brasileira desde as eleições diretas para prefeito nas capitais em 1985. "Temos esse personagem que conturbou 11 detabes: o Marçal. A maioria das pessoas não tinham conhecimento de quem ele era. Eu sabia que ele tentou ser candidato à presidência em 2022, depois foi deputado federal e teve problemas com a justiça eleitoral. Ele não é de São Paulo, não conhece a cidade e nem entrou na campanha para ser prefeito, mas sim para fazer propraganda de seus negócios. Ele não tinha nenhum segundo na televisão e usou os debates como horário eleitoral gratuito, fazendo cortes para impulsionar nas redes sociais. E deu certo", comenta.
Para o colunista, o candidato tem "uma campanha despolitizada", porque ele agiu para "desmoralizar o processo eleitoral". O historiador menciona a publicação de laudo falso contra seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), creditando a situação como "inacreditável". "O CRM não existia, a assinatura era falsa, o exame não foi realizado". Além disso, ele alega que o proprietário da clínica já foi condenado por exercício irregular da medicina sem ter diploma para tal.
Assim, conclui questionando como a mensagem "desqualificada" de Marçal conseguiu atingur tantas pessoas "na principal cidade do país" e ainda teme a dureza de um possível segundo turno.
Confira a entrevista:
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