Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

"Dependência em bets é tão grave quanto o alcoolismo", afirma médico psiquiatra

Rádio Metropole

"Dependência em bets é tão grave quanto o alcoolismo", afirma médico psiquiatra

Em entrevista ao programa Metropole Mais na segunda-feira (30), o médico psiquiatra Luiz Guimarães afirmou que a dependência em apostas é tão grave quanto o alcoolismo

"Dependência em bets é tão grave quanto o alcoolismo", afirma médico psiquiatra

Foto: Reprodução/Metro1

Por: Metro1 no dia 01 de outubro de 2024 às 16:51

Durante o programa Metropole Mais, da Rádio Metropole, o médico psiquiatra Luiz Guimarães abordou a crescente preocupação com a dependência em jogos de azar, incluindo apostas online, as populares bets.

O médico afirmou que esse tipo de vício tem se mostrado tão problemático quanto a dependência em álcool, destacando que a patologia está associada a profundas alterações cerebrais e comportamentais. "Antigamente, era considerada um transtorno de impulsividade. Hoje, já é reconhecida como uma dependência", explicou.

O psiquiatra detalhou as fases que levam ao desenvolvimento da dependência. Na primeira, chamada "fase da vitória", o indivíduo é incentivado pelos ganhos iniciais, o que gera uma falsa sensação de controle. Em seguida, na "fase da perda", a pessoa começa a perder, mas continua jogando, recorrendo a empréstimos ou mentiras para sustentar o hábito. Por fim, na "fase do desespero", o dependente já está endividado, mas continua jogando de forma compulsiva, na esperança de recuperar o dinheiro perdido.

Guimarães também comparou o vício em jogos de azar ao alcoolismo, enfatizando a semelhança nas áreas cerebrais ativadas durante o processo de dependência. Ele alertou para a gravidade do problema, afirmando que três quartos dos dependentes em jogos sofrem de algum transtorno psiquiátrico associado, como depressão ou ansiedade, e têm uma propensão maior ao suicídio. "Essas pessoas tentam suicídio três vezes mais do que a população geral", destacou.

Confira a entrevista na íntegra: