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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Repórter Metropole: consumidores de Salvador reclamam de qualidade e "má vontade na oferta" de sacolas biodegradáveis

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Repórter Metropole: consumidores de Salvador reclamam de qualidade e "má vontade na oferta" de sacolas biodegradáveis

Nova lei que determina distribuição gratuita de sacolas biodegradáveis entrou em vigor no último domingo (15)

Repórter Metropole: consumidores de Salvador reclamam de qualidade e "má vontade na oferta" de sacolas biodegradáveis

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 17 de julho de 2024 às 10:18

Atualizado: no dia 17 de julho de 2024 às 10:21

As sacolas plásticas feitas com material biodegradável começaram a ser disponibilizadas gratuitamente nos mercados de Salvador no último domingo (14), após a alteração na Lei Municipal que proibiu a oferta das embalagens tradicionais (não recicláveis). O assunto gerou repercussão entre os consumidores, que até então tiveram que se adaptar à ausência das sacolas ou pagar pelas ecológicas e recicláveis. O Repórter Metropole foi às ruas ouvir a população, que agora reclama da qualidade do material e de uma suposta má-vontade dos estabelecimentos na oferta das embalagens.

"É um direito da gente. Já não basta ter que empacotar, ainda tinha que pagar”, reclamou uma consumidora, que se disse satisfeita com a mudança no texto do projeto. Inicialmente, a lei proibia a disponibilização gratuita de qualquer das sacolas tradicionais e determinava que os comerciantes oferecessem alternativas ecológicas. O problema é que eles passaram a disponibilizar, mas cobrando por elas. Após as queixas, o autor do projeto, o vereador Carlos Muniz, chegou a classificar a conduta dos empresários como gananciosa e alterou a lei, determinando que passassem distribuir gratuitamente pelo menos uma alternativa.

Alguns dos consumidores, viram com bons olhos, mas afirmaram que o material das embalagens não é tão resistente quanto as de plástico comum. “Cada local queria cobrar um preço, queria empurrar alguma coisa que não tinha nada a ver. Eu não tenho muito o que questionar, elas não lascavam tão fácil assim, aguentavam peso. Essas [as recicláveis] eu nem tinha saído direito do local e já estava lascando”, disse outro consumidor ao Repórter Metropole.

Há ainda queixas de consumidores que falam que os estabelecimentos estão controlando e distribuindo as embalagens com uma "certa má vontade". Nem pedi mais [sacos] pra não me aborrecer, [...] óbvio que agora estão sendo orientados [os caixas] para economizar sacos, não precisa nem ser matemático para saber", pontuou mais um consumidor.

Para garantir o direito dos clientes, a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) iniciou, na segunda-feira (15), a fiscalização em Salvador para verificar se estabelecimentos comerciais realmente estão fornecendo sacolas recicláveis gratuitas e de forma clara. No primeiro dia de ação, cinco estabelecimentos foram notificados pelo não cumprimento. Casos insistam na conduta, eles pode ser autuados com multas que chegam a R$ 9 milhões.