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Janio de Freitas: repressão a manifestações estudantis é prova de que não há liberdade para opiniões contrárias aos interesses dos EUA
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Janio de Freitas: repressão a manifestações estudantis é prova de que não há liberdade para opiniões contrárias aos interesses dos EUA
Declaração foi feita durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (2)
Foto: Reprodução/Youtube
Na última semana de abril, uma onda de protestos pró-palestina tomou conta de universidades nos Estados Unidos. Instituições tradicionais como Harvard, Columbia e Yale estão entre os nomes ocupados pelos manifestantes. Apesar da quantidade de manifestações por todo país, há repressão das autoridades locais para conter a movimentação dos acadêmicos. Até o início desta semana, mais de mil estudantes já foram presos, segundo autoridades locais. O tema foi assunto no programa Três Pontos da Rádio Metropole desta quinta-feira (2). Para o jornalista Janio de Freitas, um dos integrantes da bancada, esses episódios de prisões mostram, na verdade, que não há liberdade para expressãr opiniões contrárias aos interesses norte-americanos.
“O que aconteceu em Columbia é a prova de como a humanidade, realmente, não tem nem como manifestar sua opinião quando se trata de um interesse de poder maior, como é o interesse dos Estados Unidos em auxiliar, alimentar a extrema-direita israelense. Se fosse uma manifestação pró-Netanyahu, pró-exército Israelense, não teria nada”, comentou.
Janio argumenta que não haveria a mesma repressão em manifestações a favor da política e dos ataques coordenados pelo primeiro ministro israelene, Benjamin Netanyahu, porque a comunidade judaica é importante eleitoralmente nos EUA. "É grande doadora das campanhas eleitorais de uns e outros partidos e os que hoje defendem a vida dos palestinos não têm o mesmo papel eleotiral", pontuou o jornalista.
"O próprio país Israel não há nem como comparar com a Faixa de Gaza em termos de importância geopolítica, economica, social, cultural, o que for, para os países ditos ociedentais. Então, tivemos ali em Columbia e uma dezena a mais de universidade americanas, a prova que não tem nem o direito de dizer que é contra [o que está acontecendo em Gaza] ou contra aquela coisa barbara que se vê na Ucrânia!, acrescentou.
Janio lembrou ainda que, em novembro deste ano, os Estados Unidos elegem um novo presidente e as decisões tomadas pelas autoridades com assuntos que possuem relação direta com a guerra entre Israel e o Hamas podem influenciar nas escolhas eleitorais.
"O bombardeio de cidades não tem finalidade militar. Ele é para atingir, para mobilizar pelo sofrimento as populações civis contra as posições bélicas do seu governo. É o que acontece na Ucrânia, é o que acontece na Faixa de Gaza. E nem opinião os estudantes, a populações civil pode, porque são reprimidas pela polícia, que é criada originalmente para reprimir crimes, não opiniões humanitárias", afirmou.
Confira o programa na íntegra:
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