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Historiador contesta a existência de Maria Felipa e rejeita alegações de apagamento como racismo
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Historiador contesta a existência de Maria Felipa e rejeita alegações de apagamento como racismo
Jaime Nascimento concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (4) e discordou da existência de Maria Felipa
Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress
O historiador Jaime Nascimento afirmou, em entrevista à Rádio Metropole, nesta terça-feira (4), que não acredita na existência da heroína Maria Felipa. Segundo ele, não há menção à personagem nos documentos que explicam sobre a Independência do Brasil na Bahia.
O pesquisador discordou da tese de que o apagamento da personagem seria racismo, uma vez que há outros personagens negros compondo o enredo da memória do 2 de Julho. Ele citou os documentos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), que não narram a participação de Maria Felipa na luta pela Independência do Brasil na Bahia.
“Já me acusaram de ser um negro desconectado de sua realidade [por defender que Maria Felipa não existiu]. Razão pela qual, eu trouxe aqui diversas coletânea, que tem sido o meu, digamos, compromisso social etnico, que é resgatar a história personagens negros com protagonismo na narrativa. Eu não sou um negro desconectado de sua realidade. Eu só não sou um farsante, e eu acho que se tem que dar importância, ressaltar e dignificar a quem realmente fez. Manuel Querino, Teodoro Sampaio, Luís Gama", disse o pesquisador Jaime Nascimento.
No programa desta segunda-feira (2), o historiador Matheus Buente sustentou a ideia de que Maria Felipa é uma heroína e argumentou que negar sua existência e importância é uma forma de racismo histórico.
Confira a entrevista na íntegra:
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