Política
'Foi presa várias vezes', diz biógrafo sobre viúva de João Goulart
Livro "Uma mulher vestida de silêncio" conta a vida da ex-primeira dama que teve que enfrentar o exílio junto ao marido, no Uruguai, após o golpe militar de 1964
Foto: Reprodução
O jornalista Wagner William falou, em entrevista à Rádio Metrópole, sobre a biografia da viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Goulart.
O livro "Uma mulher vestida de silêncio" conta a vida da ex-primeira dama que teve que enfrentar o exílio junto ao marido, no Uruguai, após o golpe militar de 1964.
"Depois do golpe de 64 alguns personagens foram deixados de lado pela história. (...) Fiz a biografia de dona Maria Thereza porque me incomodava a ideia que tinham dela, como da moda, de outras coisas menos importantes e nao se falava de tudo que passou e das injustiças que sofreu", relata o jornalista.
Ele afirma que o desejo de escrever a obra surge do interesse de revelar os bastidores de um personagem importante da história brasileira. "Enquanto hoje a gente fica no 'hard news' chato do que está acontecendo, acho que muito mais interessante é o que não é mostrado", justifica.
Segundo ele, enquanto mulher, Thereza foi pioneira ao estampar capa de revista europeia e ser a primeira a subir em um palanque no país. No exílio, junto a João Goulart, ela chegou a ser impedida de voltar para o Brasil para ir ao enterro da mãe.
"Ela ficou do outro lado do Rio Uruguai, olhando para o cais. Ela não poderia entrar, se não seria presa. Ela foi presa várias vezes. Eu acho que essa história é necessária tornar-se pública", diz o jornalista.
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