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Candeias: MP mostra lista para ‘compra de votos’ em favor de vereador

Política

Candeias: MP mostra lista para ‘compra de votos’ em favor de vereador

O Mercadinho Carro Cheio teria oferecido cestas básicas a eleitores com o fim de cooptar votos em favor do tucano. 

Candeias: MP mostra lista para ‘compra de votos’ em favor de vereador

Foto: Divulgação

Por: Metro1 no dia 08 de novembro de 2018 às 11:00

O Ministério Público Eleitoral relata, em documento, uma série de indícios de suposta compra de votos em Candeias, na Bahia. O beneficiário das irregularidades seria o vereador Arnaldo Araújo (PSDB). 

O documento, assinado pela promotora Andréa Scaff de Paula Mota, conta que uma mulher identificada como "Deija" transitava pelo bairro Urbis I com uma lista com nome de pessoas que "teriam aceitado a proposta de compra de votos". "Deixa teria esclarecido às testemunhas que, para o recebimento do valor, seria necessário comprovar que votou no candidato Arnaldo com uma foto no celular na urna de votação", diz o documento. 

Além disso, o Mercadinho Carro Cheio teria oferecido cestas básicas a eleitores com o fim de cooptar votos em favor do tucano. 

"A farta prova testemunhal colhida no bojo do Procedimento Preparatório possibilitou o Ministério Público protocolar pedido de busca e apreensão de documentos nas residências e comércio de Arnaldo Araújo, Wiliam e 'Deija'", diz o texto do documento. 

A promotora sinaliza ainda que papéis encontrados no escritório do mercado Ponto Econômico, de propriedade do candidato, apontam para ilegalidades. "Na agenda apreendida (capa preta com etiqueta 'campanha'), consta farta relação de pessoas e valores que foram desembolsados, com distribuição de cestas básicas para compra de votos na localidades que os cabos eleitorais atuam". 

Mesmo com a farta documentação, o processo segue parado na Justiça eleitoral. A matéria está com o  juiz Tadeu Ribeiro de Vianna Bandeira, que não conclui a tramitação. Caso a suspeita de compra de votos seja confirmada, os envolvidos podem pegar quatro anos de reclusão, além da cassação do mandato.

O caso foi alvo de matéria no Jornal da Metrópole.