Política
Sérgio Moro quer implementar agenda 'anti-corrupção' no Ministério da Justiça
Em nota, juiz diz ter aceitado o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) "com certo pesar" por ter que abandonar a magistratura
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O juiz Sérgio Moro divulgou, hoje (1º), uma nota oficial sobre a decisão de assumir o cargo de Ministro da Justiça e da Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
No texto, Moro diz ter aceitado o convite de Bolsonaro "com certo pesar" por ter que abandonar 22 anos de magistratura, mas motivado pela perspectiva de "implementar uma forte agenda anti-corrupção e anti-crime organizado".
O magistrado ainda afirma que a Operação Lava Jato vai continuar e que, a partir deste momento, ele deverá se afastar de novas audiências.
Confira o texto na íntegra:
Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Seguranca Pública na próxima gestão. Apos reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituicão, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avancos contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.
Curitiba, 01 de novembro de 2018
Sergio Fernando Moro
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