Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Sábado, 21 de dezembro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Política

/

Cantanhêde critica retórica de apoiadores e diz que Bolsonaro 'tem que abaixar a bola'

Política

Cantanhêde critica retórica de apoiadores e diz que Bolsonaro 'tem que abaixar a bola'

Segundo ela, o primeiro passo do novo governo é tentar unir o país, que se mostrou dividido após o pleito

Cantanhêde critica retórica de apoiadores e diz que Bolsonaro 'tem que abaixar a bola'

Foto: Reprodução/TV Estadão

Por: Matheus Simoni no dia 29 de outubro de 2018 às 08:50

A jornalista e colunista do Estadão, Eliane Cantanhêde, disse, em entrevista à Rádio Metrópole, que o cenário político brasileiro é de incertezas diante da eleição Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República. Segundo ela, o primeiro passo do novo governo é tentar unir o país, que se mostrou dividido após o pleito.

"Na democracia, o povo elege e quem perde aplaude, acata e torce para dar certo. Até porque, nós precisamos muito que dê certo. Temos um país que tem uma crise econômica enorme", afirmou.

Ainda de acordo com Cantanhêde, um dos grandes problemas do novo presidente é a retórica adotada por parte dos seus apoiadores. A forma 'belicosa' de se comunicar dos correligionários de Bolsonaro pode ser um problema para ele, na avaliação da jornalista.

"Os bolsonaristas são um problema para ele. Dão suporte, mas radicalizam muito os discursos. O tom nas redes sociais é inadequado, que não vai ajudar Bolsonaro a governar. Eu acho grave que fiquem desacreditando as pesquisas, as urnas, a imprensa e o filho dele, dizendo que vai fechar o STF. Essa retórica não ajuda o presidente a governar. Pode até ajudar o candidato, mas não o presidente. Ele tem que precisar abaixar a bola para isso", declarou.

Por fim, ela ressaltou um dos desafios de Bolsonaro no governo, que terá como comandante da área econômica o economista Paulo Guedes. "Bolsonaro tem que se entender com o Posto Ipiranga, com o ministro da Fazenda dele, o Paulo Guedes. Bolsonaro é corporativo, aquela coisa do militar, que não quer reforma da previdência para os militares, e é aquele nacionalista antigo, voltado muito o Brasil, como se o Brasil fosse se ajudar sozinho num mundo globalizado", ressaltou.