
Política
Silvio Almeida diz à PF sobre suspeita de importunação sexual: “Estão me chamando de estuprador e quero justiça”
Investigado por denúncias de importunação sexual, Almeida foi ouvido pela corporação. Entre as pessoas que relataram condutas inadequadas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, declarou à Polícia Federal que tem sido alvo de acusações graves e clama por justiça. O depoimento foi prestado em fevereiro deste ano, na sede da PF em Brasília, e teve 29 minutos registrados em vídeo, aos quais a CNN teve acesso.
Investigado por denúncias de importunação sexual, Almeida foi ouvido pela corporação. Entre as pessoas que relataram condutas inadequadas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “Estão me chamando de estuprador”, afirmou o ex-ministro, visivelmente abalado, durante o depoimento à delegada responsável pelo inquérito.
“É um absurdo. Estou chocado, indignado, chateado. Quero justiça”, prosseguiu Almeida, que deixou o cargo após a repercussão das denúncias feitas por meio da organização MeToo Brasil, que acolheu os relatos. Em sua fala, ele também criticou a atuação da entidade, acusando-a de agir sem respaldo institucional: “A MeToo não faz verificação de fatos, faz acolhimento. Como podem fazer nota de fulano de tal?”, questionou, em referência à publicação do grupo confirmando que recebeu os relatos.
Durante o interrogatório, Almeida foi confrontado com quatro depoimentos, incluindo o da ministra Anielle Franco. A íntegra da oitiva, que tem cerca de duas horas de duração, permanece sob sigilo e está sob relatoria do Supremo Tribunal Federal (STF).
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