
Política
Em manifestação na Paulista, Bolsonaro ignora anistia e defende candidatura em 2026
Mais do que a anistia, o ex-presidente defendeu a própria inocência e uma eventual candidatura nas próximas eleições

Foto: Reprodução/CNN
A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, no último domingo (6), reuniu 44,9 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo. A estimativa é do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). O evento, que aconteceu duas semanas após o ex-presidente se tornar réu no caso da trama golpista, foi convocado como uma defesa à anistia aos condenados pela invasão às sedes dos Três Poderes, no 8 de janeiro de 2023.
Mais do que a anistia, o ex-presidente defendeu a própria inocência e uma eventual candidatura nas próximas eleições. Ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República como mentor do movimento golpista para evitar a posse de Lula janeiro de 2023. "2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil. Se o voto é a alma da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária", disse durante a manifestação.
Vestidos de verde amarelo, manifestantes exibiam batons, fazendo referência à cabeleireira Débora Rodrigues Santos, que pichou a estátua “A Justiça” com “perdeu, mané” no 8 de Janeiro. Ela está em prisão domiciliar e também foi citada por Bolsonaro durante o discurso do ex-presidente na manifestação.
O ex-presidente ainda citou o filho Eduardo Bolsonaro, que não esteve no evento. O deputado federal está licenciado do cargo e morando nos Estados Unidos. Bolsonaro disse ter esperança que ele consiga ajudar “de fora”.
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