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Política
Bolsonaro deu ordem para inserir dados falsos de vacina em sistema
Em delação premiada, ex-ajudante de ordens ainda confirmou que os certificados foram impressos e entregues em mãos ao ex-presidente da República
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou, em delação premiada, que recebeu ordens do então presidente para inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 no nome dele (Jair Bolsonaro) e da filha, Laura Firmo Bolsonaro. Cid ainda confirmou que os certificados foram impressos e entregues em mãos ao ex-presidente da República.
Nesta quarta-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo do acordo de delação premiada de Mauro Cid no inquérito que aponta a trama golpista. 14 depoimentos do tenente-coronel se tornaram públicos. Em março do ano passado, a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas por participação em um suposto esquema que fraudou registros de doses no cartão vacinal contra a Covid-19.
Segundo Cid, o objetivo de ter um cartão falso era usá-lo em alguma necessidade, como no caso de viagens internacionais, quando a apresentação do documento ainda era requisito obrigatório para entrar em alguns países. O delator também informou que os dados foram deletados do sistema depois da impressão dos cartões.
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