Política
Após ligação com Macron, Lula planeja diálogo com outros líderes sobre Meta
Governo aposta em "frente ampla internacional" contra mudanças na política de checagem no Facebook e Instagram
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Após dialogar com o presidente francês Emmanuel Macron nesta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja contatar outros líderes mundiais para construir uma reação coordenada contra a Meta, devido às recentes mudanças na política de moderação de conteúdo em plataformas como Instagram, Facebook e Threads.
De acordo com fontes ouvidas pela CNN, o governo brasileiro busca promover uma “frente ampla internacional” contra a decisão de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, de suspender o programa de checagem de informações nas redes sociais da empresa. Segundo informações do Palácio do Planalto, na conversa de 30 minutos entre Lula e Macron, ambos “concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas”.
Os líderes destacaram ainda a importância de Brasil e Europa “trabalharem juntos para impedir que a disseminação de ‘fake news’ coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos”. A preocupação com as mudanças da Meta não é exclusiva do Brasil e da França. Países como Alemanha, Canadá e Austrália também se manifestaram contra o anúncio de Zuckerberg, comprometendo-se a manter mecanismos de controle sobre o conteúdo das plataformas.
Por sua vez, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, respondeu ao posicionamento da Meta, afirmando que a Lei de Serviços Digitais da UE não exige a remoção de conteúdo legal, mas sim de material prejudicial, como aquele que representa risco para crianças ou para a estabilidade democrática dos países do bloco.
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